Em meu aprendizado da Viola de Arco, o exercício constante da sua execução me levou a reunir as melhores práticas que me conduziram ao estágio atual. Partindo do princípio que todo aprendizado é infinito, este material estará em constante atualização.
Segundo Michaelis, e dentre tantas definições, Método é "Maneira de fazer as coisas; modo de proceder". Por isto o fato dos métodos não serem auto-explicativo, ou mais didáticos e próximo do estudante. O objetivo dos métodos é de apresentar ao estudante o "modo de executar" o instrumento através de variados treinos propostos, e exaustivos muitas vezes.
Deixo claro desde já que não tenho graduação em música nem pedagogia, por isto me sinto intimidado em opinar sobre os métodos do ponto de vista autoral.
Mas, certamente como estudante posso dizer que os métodos, em geral, têm suas propostas de treinos dispostas numa evolução sequencial ascendente, ou seja, os primeiros exercícios são bem simples, muitas deles até são óbvios de um ponto de vista conceitual, e assim a dificuldade se ascende até a sua forma mais complexa.
Todavia minha percepção da dificuldade dos métodos tem sido que estes evoluem exponencialmente, ou seja, do simples para o muito complexo num curto espaço de tempo. E indo contra este comportamento, nosso aprendizado não é tão pouco retilínio nem tão pouco ascendete. Somos, no aprendizado, simplesmente redundantes.
E para ilustrar esta redundância é como dizer que precisamos, após subir dois degraus no aprendizado, voltar um. E voltamos para consolidar a experiência adquirida. Veja na ilustração que usaremos 5 momentos de tempo para subir três degraus:
- Momento 1 - Subimos para o 1o. degrau (novidade).
- Momento 2 - Subimos para o 2o. degrau (novidade).
- Momento 3 - Descemos para o 1o.degrau, degrau que já havíamos passado 2 momentos antes (revisão de conhecimento).
- Momento 4 - Subimos para um 2o.degrau, degrau que já havíamos passado 2 momentos antes (revisão de conhecimento).
- Momento 5 - Alcançamos o 3o.degrau (novidade).
Nesta experiência conseguimos consolidar os degraus 1 e 2 pelo fato de termos retornado neles. E é desta consideração que precisamos ter no Método, mas que não encontramos.
Geralmente os métodos que encontrei propõem um cenário de aprendizado extremamente ascendente para o iniciante, como ilustrado abaixo:
- Momento 1 - Subimos para o 1o. degrau (novidade).
- Momento 2 - Subimos para o 2o. degrau (novidade).
- Momento 3 - Alcançamos o 3o. degrau (novidade).
Resumindo, a revisão do aprendizado não é somente uma ação repetitiva, mas uma oportunidade que o Método nos proporciona de consolidar o aprendizado em num cenário de mais rico de experiência acumulada.
Minha proposta neste exercício de aprendizado é empiricamente poder prover principalmente os autores de Métodos de instrumentos em geral, o retorno do aprendizado de um leigo como eu.
A idéia principal não é denegrir nem elevar nenhum autor nem método específicos, mas sim, a de mencionar dificuldades encontradas. Portanto, não citarei métodos durante este trabalho, mas todos os que forem utilizados serão mencionados no item bibliografia deste trabalho.